segunda-feira, 23 de maio de 2011


'Falta responsabilidade no Lago Paranoá', afirma Alexandre Garcia

Além disso, falta fiscalização. Marinha deveria se multiplicar para conseguir fiscalizar as 11 mil embarcações inscritas no lago, diz o comentarista.

No Lago Paranoá, em Brasília, onde aconteceu o acidente com um barco, a profundidade é de 17 metros, mas em alguns pontos chega a 40 metros. A distância ao redor do lago chega a 100 quilômetros. No lago há peixes, ariranhas, jacarés.
Das margens é possível ver a embarcação que está dando apoio às buscas. Se as pessoas vieram a nado do local do acidente até a margem, nadaram no mínimo 400 metros em uma noite fria. Nesta manhã a temperatura no em Brasília é de 15 °C.
São muitas embarcações inscritas no lago. São, ao todo, 11 mil embarcações, sendo a terceira frota do Brasil. Algumas pessoas falam que uma lancha pode ter provocado marolas em torno do barco onde estavam cerca de 100 pessoas, e que esta marola poderia ter causado o naufrágio. Os bombeiros retomaram as buscas e ainda há, no mínimo, sete pessoas desaparecidas, segundo o levantamento feito pela própria polícia, que falou na possibilidade de superlotação.
Há um ano houve outro acidente com uma lancha que estava superlotada. A embarcação tinha a capacidade para seis pessoas, mas eram transportados 11 passageiros. Duas irmãs, uma de 18, outra de 21 anos morreram na ocasião. Na época falou-se muito em intensificar a fiscalização, mas não há como fiscalizar 11 mil embarcações registradas. A Marinha teria que se multiplicar.
O que está faltando é responsabilidade no lago. As pessoas que saem de lancha ficam fazendo exibicionismo, gracinha, jogando garrafa de bebidas na água, mostrando mais ou menos em que situação andam no local. As pessoas que praticam esportes no lago levam sustos por causa desses exibicionistas.
Além da fiscalização há o quesito segurança. Passageiro disseram que não havia colete salva-vidas para todas as 90 pessoas, e que havia, no máximo, 20 coletes, diferentemente do que o dono do barco afirmou, que havia mais de 100 coletes na embarcação.
Das margens do lago, há um clube que mostra um cartaz dizendo que é terminantemente proibido embarcar sem o colete. As pessoas, no entanto, estavam no barco sem o acessório. A irresponsabilidade foi admitir a entrada sem o colete.
Não se sabe se havia lista de passageiros, que é necessária em qualquer travessia que se faça no local. Se a lista afundou com o barco é uma informação que os bombeiros precisam estabelecer e a polícia vai investigar. A dificuldade é fechar a lista de passageiros, com isso, saber o número de pessoas que estavam no barco.
FONTE: G1
BLOG DO CRISTIANO PHB
 

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